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Trilogia da Inclusão Visual: Compreendendo a Deficiência Visual

O que é deficiência visual?
A palavra “deficiência” é usada para indicar uma limitação em alguma função física,
sensorial ou cognitiva que impacta a vida de uma pessoa. Entretanto, isso não significa
incapacidade, mas sim uma condição que envolve adaptações, recursos ou apoios para
garantir autonomia e qualidade de vida.
Dentro dessa condição, há diferentes tipos de deficiência, entre elas está a deficiência
visual. Ela ocorre quando há uma perda parcial ou total da visão, mesmo com o uso de
óculos, lentes ou outros recursos de correção. Além disso, pode-se dizer que é uma
realidade que não se resume apenas à cegueira total: trata-se de um espectro com
diferentes graus e formas de manifestação.
Essas formas são definidas pela legislação brasileira (Decreto nº 5.296/2004), que
considera deficiência visual quando a acuidade visual (capacidade de enxergar detalhes)
é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, mesmo com correção. Também se enquadra
nessa definição quem possui campo visual reduzido com visão em “túnel”, ou seja,
pessoas que não possuem visão periférica.
Dadas essas características, pode-se definir três tipos da deficiência visual:

  • Baixa visão
    A pessoa com baixa visão enxerga, mas apresenta limitações importantes. Pode ter
    dificuldade para ler letras pequenas, reconhecer rostos à distância, identificar sinais de
    trânsito ou caminhar em ambientes pouco iluminados. Ainda assim, consegue utilizar
    recursos como lupas, óculos especiais e tecnologias assistivas para ampliar sua
    autonomia.
  • Cegueira
    Nesse espectro está o que dentro do senso comum se entende como cegueira. A
    cegueira pode ser total ou parcial. Na cegueira total, não há percepção de luz. Já na
    cegueira parcial, a pessoa pode perceber claridade ou vultos, mas sem conseguir
    formar imagens nítidas.
  • Visão monocular
    A visão monocular acontece quando a pessoa só enxerga com um dos olhos, seja por
    ausência congênita, trauma ou doença. Embora muitas vezes seja considerada menos
    limitante, pode afetar a percepção de profundidade e a noção de distância, impactando
    atividades do dia a dia.

Um espectro amplo
Essas variações mostram que a deficiência visual não é uma condição única, mas um
conjunto de situações que afetam cada pessoa de forma distinta. Por isso, falar em
graus diferentes de deficiência visual é fundamental para compreender a diversidade
existente de pessoas cegas.
Esse entendimento é a base para refletirmos sobre acessibilidade, inclusão e os
caminhos possíveis para a autonomia de pessoas com deficiência visual.

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